Técnicas avançadas de ressonância magnética na avaliação da mama

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Técnicas avançadas de ressonância magnética na avaliação da mama

fevereiro 27, 2020 by nucleodiagnostico
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O câncer de mama é o câncer mais comum em mulheres de todo o mundo. Desse modo, o rastreio pela mamografia e o diagnóstico precoce são de extrema importância para o tratamento e controle tumoral. Associada ao exame radiográfico, a ressonância magnética tem tido papel importante para o diagnóstico e acompanhamento das lesões, principalmente quando outros meios diagnósticos são inconclusivos, pois ela possibilita a verificação da morfologia e extensão tumorais e também a análise farmacocinética durante o tratamento. Permite também a avaliação de múltiplos tumores quanto a sua origem – se foram originados de um tumor em comum (tumor multifocal) ou se possuem origens distintas (tumor multicêntrico). O exame é feito com uso de contraste endovenoso, um agente paramagnético. No entanto, possui algumas limitações no que diz respeito a sua especificidade, ou seja, capacidade de identificar os resultados verdadeiramente negativos. A fim de aumentá-la, tem sido utilizada uma técnica denominada Ressonância Magnética Funcional (RMF), a qual caracteriza a funcionalidade e molecularidade dos tumores, por meios como: difusão, perfusão e espectroscopia por RM. A água se difunde de modo mais restrito nos tecidos com alta celularidade e com membranas preservadas, como o tecido tumoral, pois as membranas celulares repelem seu movimento no espaço intra e extracelular. Sendo assim, os princípios de difusão permitem a avaliação da estrutura histológica da mama, tendo papel no diagnóstico e na monitorização de resposta aos tratamentos responsáveis pela lise (quebra) celular, os quais aumentariam a difusão da água para o espaço extracelular. Já o quesito perfusão considera a primeira passagem do contraste pelo leito capilar, de modo a mensurar a perfusão sanguínea, captando sinais de neoangiogênese (formação de novos vasos sanguíneos), comum nas neoplasias, sendo útil também para o diagnóstico e avaliação do tratamento. Há ainda a avaliação da permeabilidade dos vasos sanguíneos, que permite identificar vasos tumorais e normais. Por último, a espectroscopia é responsável por detectar metabólitos que possuem prótons e, tipicamente, lesões malignas dispõem de altas concentrações de colina devido à elevada proliferação celular. Desse modo, a espectroscopia pode indicar a resposta do câncer de mama ao tratamento, apesar de suas limitações, como a incapacidade de ser realizada em lesões pequenas.

Por Dra. Fernanda Philadelpho e Dra. Maria Helena Mendonça.